SÓ TORNAM-SE IDOSOS OS SELECIONADOS PELA VIDA.

 cabelos brancos”.
   Todas as estimativas demográficas do IBGE apontam para um contingente de aproximadamente 32 milhões de idosos no Brasil, por volta do ano 2025.
Inter-relacionar-se com idosos ou ser um idoso deve ter como objetivo primordial maximizar suas habilidades, de modo a preservar sua independência e sua autonomia, manter a auto-estima sempre elevada, realizar o maior número de atividades diárias, realizar atividades em grupo, promovendo situações agradáveis, explorando a convivência e a sociabilização.
   Nesta etapa da vida, encontramos esta população tendo que se reposicionar diante de vínculos familiares, sociais e, por que não dizer também, consigo mesmo. A sociedade não pode permitir que estas pessoas por tanto tempo contribuindo com seu avanço, ativas na construção da história, tenham que se adaptar a um novo mundo, um novo espaço, onde elas mesmas, reafirmo mais uma vez, ajudaram a construir.
   Entende-se como certo que, esta mesma sociedade possa se adequar a esta população e proporcionar auxílio às modificações necessárias para que possam continuar com uma vida digna, atuando nas atividades que lhes forem agradáveis, manifestando emoções de alegria, afastando o “mau tempo”, ou até quem sabe, continuar profissionalmente ativos.
   O idoso não deve ser considerado improdutivo. Deve ser aceito e amparado por profissionais qualificados em recuperar e aprimorar habilidades físico-motoras, habilidades cognitivas, capacidade de se relacionar, aptidão para variadas funções diárias. Contribuir para o bem-estar dos idosos em seu envelhecimento físico, social e cultural.
   A partir daí, leva-lo a redescobrir suas possibilidades, investir em novos desafios, permitir-se a momentos de prazer, de alegria e de espontaneidade, afinal, a “morte-perda-de-possibilidades” ao longo da vida, como dito anteriormente, pode ser maximizada ou minimizada nos hábitos e atitudes realizadas no dia-a-dia de cada um de nós.
   Quando se chega na Terceira Idade, iniciamos um novo momento, o de começar uma nova etapa, de iniciar novos caminhos, novas conquistas, compartilhar experiências dos caminhos já percorridos e nunca dizer ” já percorri por todos eles”. Os caminhos continuam, porém com brilho diferente, pode acreditar. Basta seguir em frente e vislumbrar as novas possibilidades, novas amizades, os novos momentos.
   No entanto, vale ressaltar que, a Terceira Idade não forma um grupo homogêneo de fácil identificação nas características sociais, mentais, culturais, raciais, fisiológicas e profissionais. São indivíduos com diferentes histórias construídas em sua trajetória. O que trazem ao certo, é a sua faixa etária diversificada e um processo de envelhecimento físico e mental.
   Neste contexto, visualizamos a necessidade de um espaço adequado, possibilitando novas oportunidades para essa clientela.
   Diante desta possibilidade, estes grupos poderão obter um melhor atendimento a seus anseios e necessidades, iniciando um processo coletivo e individual de desmistificação, compreensão e aceitação do processo de envelhecimento como algo inerente ao próprio processo existencial.
   Conscientizar que, a Terceira Idade é mais uma etapa da vida a qual temos de cumprir, sem medos ou receios, incentivando-os a participarem de novos momentos e redescobrirem os encantos que passaram desapercebidos.    Talvez, por não termos aprendido que a vida deve ser vivida e sentida a cada momento, pois este, …quando se dá por ele, já partiu pra nunca mais…
   No entanto, vale a pena insistir na implementação, de programas para atender o indivíduo em processo de envelhecimento, se não pelos inegáveis benefícios fisiológicos que acarretam aos grupos, ao menos pelos importantes ganhos nos aspectos psicossociais e de qualidade de vida que podemos oferecer, “visando adicionar mais vida aos anos, do que anos à vida”.

 Profª. Ms. Érica Verderi

   

 

 

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